A entrevista concedida pela advogada Mariana Tavares Antunes à ConJur reflete de forma brilhante o amadurecimento da cultura de solução extrajudicial no Brasil.
Ao reconhecer que mediação e arbitragem se consolidam como ferramentas estruturantes da chamada "justiça multiportas", Mariana reforça uma premissa que é pilar conceitual da atuação da Arbitralis: a racionalização de litígios por meios consensuais e adjudicatórios extrajudiciais representa ganho de eficiência sistêmica e alocação mais inteligente de recursos institucionais.
No que se refere à mediação, sua caracterização como processo de escuta qualificada e construção conjunta da solução corrobora os estudos mais recentes sobre o tema, em especial naquilo que diz respeito ao potencial transformador da comunicação estruturada e da intervenção neutra. A Arbitralis reconhece essa dimensão e estrutura seus fluxos de mediação a partir de uma perspectiva relacional e preventiva — mesmo nos casos em que o acordo não se formaliza de imediato, o ambiente gerado favorece uma litigiosidade mais consciente e menos disfuncional.
A análise da entrevistada sobre arbitragem também é particularmente acertada. Longe de idealizações, Mariana sublinha seu caráter decisório, especializado e eficiente, sobretudo em disputas que demandam celeridade, tecnicidade e sigilo. Essa compreensão está no centro da missão institucional da Arbitralis: viabilizar procedimentos arbitrais digitalizados, com previsibilidade de custos e prazos, sem perder de vista a robustez técnico-jurídica exigida por uma jurisdição privada.
Além disso, ao destacar que nem todas as partes estão preparadas para a autocomposição — e que isso deve ser levado em conta na escolha dos instrumentos —, Mariana propõe um raciocínio compatível com a teoria da adequação procedimental: o meio de resolução deve ser escolhido a partir da natureza do conflito, da maturidade das partes e da complexidade da controvérsia.
A Arbitralis defende um ecossistema institucional em que mediação e arbitragem não competem entre si, mas operam como instrumentos complementares de promoção da pacificação social e da eficiência jurídica.
Por fim, merece ênfase a abordagem da entrevistada sobre a gestão de pessoas, diversidade e formação profissional. Sua visão de que a excelência técnica se constrói em paralelo à compreensão das singularidades humanas ressoa fortemente com o posicionamento interno da Arbitralis: construir um ambiente de desenvolvimento permanente, no qual o conhecimento jurídico seja indissociável da empatia, da escuta ativa e da pluralidade de perspectivas.
Seguimos comprometidos com a construção de uma cultura jurídica mais ágil, técnica, inclusiva e orientada à solução.
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