
📌 Editorial
Para quem acompanhou as últimas notícias envolvendo o mercado financeiro, os últimos acontecimentos mostram que essa área pode enfrentar sobressaltos, mas o campo imobiliário mantém sua capacidade de adaptação e crescimento.
Se por um lado a crise do Banco Master acendeu alertas importantes, os indicadores de vendas, lançamentos e novas regulamentações reforçam um ambiente que está amadurecendo e pode trazer novidades para os investidores em 2026.
Além disso, com mais mecanismos extrajudiciais e avanços como a arbitragem tributária, ganha força a busca por soluções eficientes e seguras. Para o setor, o momento pede atenção redobrada aos riscos, mas também demanda disposição para aproveitar as oportunidades que continuam surgindo. Entenda melhor como cada uma dessas mudanças tomou conta dos noticiários nos últimos dias e como elas podem refletir na sua atividade diária.
Destaques
📈 Volume de arbitragens no país aumenta 18% de 2023 a 2024

Matéria publicada no jornal Valor Econômico revela que o volume de arbitragens no Brasil aumentou 18% de 2023 para 2024. Esse índice confirma a adoção crescente desse mecanismo de resolução de disputas no país. Essa tendência positiva é impulsionada por diversos fatores, como o aprimoramento da legislação e a confiança crescente das empresas no processo arbitral.
Especialistas acreditam que a agilidade e a flexibilidade do sistema arbitral, aliado ao ambiente econômico instável, têm contribuído para que mais empresas optem por essa alternativa. Além disso, a ampliação do uso da arbitragem está consolidando o Brasil como um polo de resolução de conflitos no âmbito internacional.
💥 Crise no Master sacode o mercado financeiro e pode afetar o setor imobiliário

O Banco Central decidiu pela liquidação extrajudicial do Banco Master após apurar “indícios de emissão fraudulenta de títulos”. A quebra mobilizou o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que informou estar pronto para pagar cerca de R$ 41 bilhões a 1,6 milhão de credores.
Essa crise reforça o risco de crédito em bancos médios e altera perfil de risco do mercado, pois os fundos que investem em CDBs ou papéis garantidos pelo FGC tendem a se tornar mais cautelosos, o que pode restringir liquidez e crédito imobiliário via bancos menores.
Com isso, a liquidação do Master atinge diretamente 92 fundos de investimento sob administração da antiga Master Corretora, que tinha um patrimônio de cerca de R$ 14,4 bilhões. Esses fundos precisam encontrar administradores alternativos ou poderão ser liquidados, o que gera risco de instabilidade e incerteza para os cotistas.
Segundo analistas, a consequência para o mercado é que gestores, fundos imobiliários e securitizadoras devem revisar sua exposição a fundos de crédito, aumentar a due-diligence e reduzir a dependência de instituições de risco. Pode haver busca por alternativas mais seguras e reguladas, o que tende a encarecer custos de captação e financiamento.
🏗️ Setor imobiliário resiste: lançamentos e vendas continuam em alta em 2025

Apesar do cenário de juros altos e instabilidade financeira, o mercado imobiliário brasileiro seguiu crescendo no 3º trimestre: foram lançadas 108,8 mil unidades entre julho e setembro, elevando o total do ano para 307,4 mil, o que revela uma alta de 8,4% frente a 2024. As vendas também mantiveram ritmo, com 312,2 mil unidades comercializadas no acumulado do ano até aqui.
Isso mostra que, mesmo com tensões no sistema financeiro e custo de capital pressionado, a demanda por imóveis continua firme, especialmente para habitação popular ou média. Isso reforça a atratividade de lançamentos e pode atrair investidores em busca de segurança voltada para o real estate.
📈 Mercado de capitais imobiliário cresce e supera R$ 697 bilhões em 2025

Segundo relatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o volume financeiro do setor imobiliário via mercado de capitais alcançou R$ 697 bilhões entre dezembro/2024 e setembro/2025, o que se traduz em crescimento de 7,5% no período. Os fundos imobiliários (FIIs) somam R$ 370 bilhões e os CRIs representam R$ 245 bilhões.
Além disso, é bom lembrar que, com a instabilidade bancária e risco em CDBs, estruturas via mercado de capitais e securitização (CRI/FII) se tornam ainda mais relevantes para captação de recursos e financiamento de projetos imobiliários, o que é uma boa notícia para incorporadoras, securitizadoras e investidores institucionais.
⚖️ Projeto que regulamenta arbitragem tributária avança, e isso pode mudar disputas de impostos

Em 11 de novembro, a Câmara dos Deputados aprovou o texto que institui o chamado “PLP 124/2022”, que permite o uso de arbitragem para resolver conflitos tributários e aduaneiros. O projeto altera o processo administrativo-fiscal, criando uma alternativa ao caminho judicial tradicional: as decisões arbitrais terão efeitos equivalentes aos de sentenças judiciais.
👉 Por que essa novidade é relevante para o mercado imobiliário e financeiro?
O projeto, elaborado pela comissão de juristas criada em 2022 para atualizar o processo administrativo e tributário, deve voltar ao Senado para uma nova aprovação na casa. Vale lembrar que esse não é o único texto em tramitação relacionado à arbitragem na tributária. O tema também é abordado no PL 2.486/2022, aprovado pelo Senado em junho de 2024 e atualmente esperando por análise pela Câmara.
🤝 Eventos da Arbitralis destacam trocas e conexões em temas importantes

A Arbitralis realizou, em 13 de novembro, uma roda de conversas em Belo Horizonte com o tema “O jurídico que gera lucro: como transformar risco em resultado”. O evento reuniu dezenas de profissionais em uma noite marcada por debate, networking e reflexões sobre inovação no mercado jurídico mineiro. O público lotou o espaço da Aluu, mostrando a força da comunidade jurídica local.
Já no dia 27 de novembro, a empresa promoveu em São Paulo, no Inovabra, o workshop “Experiência do Cliente no Mercado Corporativo”, em parceria com a Pact. O encontro reuniu profissionais de diferentes áreas e reforçou a importância de relações mais humanas e estratégicas. Katsuren Machado apresentou insights sobre processos, estrutura e evolução das relações entre empresas e pessoas. A dinâmica colaborativa impulsionou reflexões práticas sobre escuta, relacionamento e impacto. O evento reforçou a centralidade da experiência do cliente como motor de inovação corporativa.
🌊 Para fechar
Os encontros promovidos pela Arbitralis evidenciam uma tendência que vem redesenhando o cenário jurídico brasileiro: o direito contemporâneo não se constrói apenas com técnica, mas também com pessoas, experiência e propósito. As discussões sobre inovação, geração de valor, empatia e a centralidade do cliente mostram que o mercado jurídico está amadurecendo e buscando novos caminhos para resolver conflitos de forma mais eficiente.
A forte adesão aos nossos eventos revela que temos uma comunidade jurídica cada vez mais aberta ao diálogo, à tecnologia e à evolução constante. Além disso, iniciativas como essas revelam que as organizações que conseguirem conectar conhecimento, estratégia e relações humanas serão as protagonistas da próxima fase do jurídico no país. E a Arbitralis está pronta para fazer parte desse caminho!
Nos vemos na próxima edição da ArbiNews! Desde já desejamos um ótimo natal e um excelente 2026 para todos nossos leitores!
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